O fruto do pecado.



Olha-te por
momentos boquiaberta
com tanta paixão
Com o vento a soprar no rosto.
Destas que o pensamento,
fala alto de calor
em expressão.

Imagino tais quais,
são teus pensamentos...
Negros, límpidos, ternos.
Minha boca sopra teu ouvido
agora, tu finges que não sentes.
E eu finjo que não vejo.
E nesta doce brincadeira
perdemos nossa hora.

Reflito, ali mesmo,
porque será que me amas.
Ou será que me enganas?
Com todo o pecado da gula,
alimento minha alma,
de mentiras ou de verdades?
Não se sabe... Vive-se.
Sem questionar, o que
não é questionável.

Farto-me feliz,
amo-te cada vez mais.
Provoco até o céu, de alegria.
Fruta minha, sabor de pecado...
Mas que culpa tenho eu?
Tens gosto de maçã...
Até Adão e Eva provaram.