O vento escreve (Gabidela sempre sorrindo - Às margens do Rio Piedra)

Quando em sobressaltos queria certamente

Aquele abraço apertado sem que esperasse

Nem mesmo que palavras houvessem

Verdadeiras lembranças de um tempo que ficou

E certamente irá voltar

A sobrevivência está em acreditar nas virtudes

Dessa consciência esperada e planejada

Ao certo seria sempre pertencente

A esse mar de confidências escondidas

Sentidas e não mais faladas

E o que há de diferente nisso?

Apenas o silêncio sendo mais que a lua

Nesse frio que mergulha nas entranhas

Até alcançar de todo

A saudade que volta e meia reaparece

Mas há um sentido muito lindo nessa flor

Que permanecerá na memória sorrindo

Sendo e sendo e sendo e sendo e vivendo

Mesmo que o destino e os Deuses

Tenham tratado de levar-lhe para um outro plano

O livro ainda vivi junto com você em mim

Quando me esqueço de nem mesmo lembrar

Que não há nada passageiro

E que as marcas do tempo tratarão

De arrumar aquilo que o vento soprou para longe

Lady Sophia
Enviado por Lady Sophia em 14/07/2006
Reeditado em 13/09/2006
Código do texto: T194043