RIBEIRO

Qual ribeiro de cristais na correnteza,

Língua pingando água salgada

É meu amor.

Cobertor de água,

Moldura de langor,

Manto de afeto e afoiteza.

Margem alta!

Correnteza.

E quando cessaram as chuvas, amor,

As pedras se aquietarem

E os ramos forem lavados,

Me espera ate depois da ultima gota...

Nesse arroio sombreado e manso

Beiral de nosso descanso.