Ruído paralelo

A saudade me leva ao mesmo lugar
Há sempre uma esperança de te encontrar
Vou deixar um bilhete pra você saber
Que eu senti saudade e você vai reconhecer
As intenções do dia que eu quis viver
E também a dor da falta que você me faz
Todo amor precisa ser nutrido para permanecer
Porém não temo a morte do nosso amor
Porque não preciso fazer nenhum esforço
Pra lembrar de você a cada dia
Teu sorriso me acorda a cada manhã
Não é tão simples pra mim
Reter as palavras no coração
Não me preocupo em perseguir as rimas
Elas são como flores de um jardim
Vou encontrar no final de cada verso
A doce fragrância do teu jasmim
Na minha cabeça sempre rola uma canção
Um ruido paralelo que me lembra nós dois
Corro pro lugar de sempre
Não deixo pra depois...
É preciso, no entanto,  medir as palavras
Senão...

"Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa vida
E será uma maldade veloz
Malignas línguas
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam
Ilegais

Eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim
Eu quero você
Dentro de mim
Eu quero você
Em cima de mim
Eu quero você

Desse jeito vão saber [...]"
(Vanessa da Mata)

Não sinto vergonha de me apropriar destas palavras
Pra falar do que eu sinto
Palavras que estão na minha boca
Prontas pra eu te dizer
"Eu só sei que eu quero você..."
Não é crime plagiar  o amor
Não é plágio cantar a mesma dor
Nem toda dor é sofrimento
A dor às vezes é só um sentimento
Que aperta no peito com prazer
Isso se chama saudade
Tem alma, tem rosto, tem nome
Essa saudade se chama Você.