A quem poderei amar?

Por que tento ainda, fazer com o que a cabeça pensa

torne um mínimo de realidade, esquecendo-me

de tudo que passara em noites claras

com um sonho acordado por más ideias que sempre há de atormentar

O que comigo carrego, não é mais um sentimento

É um estado de quem quer a liberdade, ser sincero com quem amo

É esperar pelo dia que não precisarei mentir pra mim mesmo

Sequer sonhar com algo que me assuste

Descansar em paz..

Talvez a solidão, me torna assim, indesejável

mas na alma, os sentimentos a mim se fazem incontroláveis

a cada dia que passa, a cada sorriso que vejo

me torna menos ainda, a vontade de querer continuar.

Cada momento que vivo aqui sozinho, pensando,

vejo o mundo se desfazendo em dor

e o teu olhar mais distante dos meus olhos

que brilham não sei porquê, mas a razão, já não me é estranha

Ah! Como sonha meu coração palpitar de novo

quando sequer ao teu lado, podia estar

de leve minha mão poder tocar

e desejar que mais duradouro fosse, o que queria poder não acabar

O que me resta diante sonhos que não vieram

planos que se esqueceram

palavras que foram com o vento

dor, angústia, solidão

A vida muda os rumos dos que amam e nem por isso também os são

Os rumos se alteram, as pessoas mudam, o sorriso muda, as flores murcham

Ah! Como queria poder voltar ao tempo

Muitas coisas não as teria feito, muitos planos deixaria passar

Muitas palavras deixaria de dizer,

Muitas pessoas deixaria de amar...

Rafael Rezende
Enviado por Rafael Rezende em 01/12/2009
Código do texto: T1954749
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.