NÓS, OS POETAS

Temos o dom da escrita que Deus nos agraciou,

Corações sensíveis à manifestações humanas,

Não temos privilégios e nem assim queremos,

Somos detentores das fraquezas da Alma,

Apenas o espírito poético é que nos diferencia,

Não importando raças, sexos, somos poetas.

Vemos com o coração uma lágrima de criança,

A alma sofre vendo o velhinho desamparado,

As injustiças sociais tocam nossas sensibilidades,

Pois o pobrezinho não poderia ser discriminado,

Não tendo teto para morar e ainda passar fome,

Pois divide o pouco para o filhinho sobreviver.

Somos capazes de ver a primavera toda florir,

E captar o cheiro das flores que desabrocham,

Quando a natureza em festa mostra encantos,

Nas matas onde os passarinhos cantam felizes,

E cachoeiras mimosas despencam tão calmas,

Parecendo véus de noiva esvoaçando ao vento.

Temos a sutileza de ver a mamãe amamentando,

O filhinho que de seu seio adquire vitalidades,

Fruto de um áto de amor de um casal feliz,

Que um dia se conheceram quase que num acaso,

Ao se olharem numa troca de encantamentos,

E num Altar perante Deus juraram fidelidades.

A criança sorrindo toca nossa sensibilidade,

Sua peraltice é sinônimo de muita felicidade,

E se sofrer agressões em toda sua inocência,

Somos capazes de por ela levantar bandeiras,

Pois é um botão de rosa que está começando florir,

Para se tornar então uma flor resplandescente.

04-12-2009