Dois mundos

No outro mundo de lá

Um lado naufraga o caminho nos desenganos

Esforça-se pra aprontar os poemas, os sonhos.

Um desejo farto...

No entanto, sem os aplausos

De Deus, sequer, dos anjos.

Já o arco-íris se deixa fotografar

Crianças soltas vivem a brincar

No outro lado de cá.

Os pássaros em liberdade

Meu corpo em liberdade

Todavia, minha outra metade

Atada a sua falta; avolumado nó

Que prende minha alheia vontade

Repleta de saudade

Que sinto dos dois lados

Unidos num só

Mundo de púrpuro amor.

Cid Rodrigues Rubelita
Enviado por Cid Rodrigues Rubelita em 18/07/2006
Código do texto: T196596