Soneto a um anjo
Levanto as mãos temendo o sol
tua claridade fere meus olhos semi-despertos,
e você que brilha mais que ele nunca me feriu.
Não comparo a noite a teus olhos,
nem o orvalho nas flores ao brilho de teu cabelo,
nem ao menos sua calma a um lago.
Caminho de vagar pela rua
imaginando quantos sonhos terei hoje,
imaginando quantas vezes voarei a teu lado.
Não há pássaro que voou tão longe,
que viu tão belas paisagem
ou que em tão belo rosto sorriu.
Não há amor, devoção e fé
que inspire tanto quanto tua serenidade,
que em olhos que você nunca viu ...
... sol, noite, pássaros, rua, amor e esperança
em palavras cantadas a um anjo,
em palavras entregues em um sonho.