SUA GURIA

pegou ele o jornal e seu embornal,
pôs neste um farnel e muito papel.
na Terra DELA haveria leite e mel,
pensou e ajustou na mula o bornal.

ele agora iria, afinal, fazer o final,
da poesia que falava do amor fiel.
sim, e de sua paixão, como laurel,
a paixão, pura, inefável, e divinal.

da sua poesia, que todo dia fazia,
vivia seu intelecto e seu coração,
no papel escrevia pleno d'alegria.

pois que ELA era a sua Inspiração,
era sua Guria: ah, te amo, Maria!,
ele A veria na Terra da Promissão.


Moacir et Selena
qual rumo ele tomaria?
ah, de Caná, de Maria!