Sou teu.

Sou teu no bojo da lagrima sofrida que cai.

Sou teu quando o sorriso manso não vier mais.

Também serei teu, quando não importar a paz.

Sendo teu também, quando a madrugada fugir.

Porque meu coração se alimenta de ilusão.

Porque a prisão fria não me ausenta de ti.

E também porque sempre procuro sorrir,

Mesmo que seja ilimitado esse meu sofrer.

Na lúdica brincadeira de um finito existir.

Guardando segredos, aguardando o porvir.

Aonde o inevitável sempre me aguarda,

Para um encontro ou um resgate da vontade.

De estar contigo em vasto e quente leito.

Entre carícias suaves e um infinito jeito,

De amar o êxtase mesmo sendo rarefeito.

De um imenso amor ou coisa assim.

Porque mais uma vez insisto, persisto.

Sou teu! Na sinceridade da pura insanidade.

Permitindo-te totalmente fazer dos meus dias,

Tudo que o segredo oculta dos meus olhos.

Sou teu! Mesmo que o eterno sol se apague,

E que o fiel de uma verdade comece a mentir.

Sou teu até quando a saudade gemer e apertar.

Ou então a esperança tropeçar, deixar de existir.

Gerson F Filho
Enviado por Gerson F Filho em 19/07/2006
Código do texto: T197602