ARDOROSO BEIJO!

Fez-se tão mortal o ser translúcido,
Que num impulso inconseqüente,
O tempo parou para admirar seu beijo ardente.
 
Tão voraz instigante cio... Que os dentes do felino,
Feriu a língua quente... Na saliva sabor fremente.
 
Não é insípida a boca que me degusta,
E que explora meu céu tão livremente...
Saciando meu “deserto”...
Acalmando minha “tempestade”.
 
Num leque de desejos infindos... Amor lascivo.
Leito de sonhos... Anseios recíprocos...
Uma gota d’ alma... Vivaz e tão cálida...
A germinar no peito nu...