meu amor, é quase nada

Quero dizer-te alto e bom som

mesmo isso não sendo bom tom

coração, peito aberto és amada

isso pode ser mesmo quase nada

de antes, de agora e de sempre

embora nem sempre haja sempre

é conveniente para mim dizer-te

nem há porque do dito desfazer

melhor sempre o viver enunciar

se a sina é assim se expressar

parece tanta e muita sandice

tal pura e desatinada crendice

uma inquieta infinita loucura

sem luz ou brilho, nem candura