Paraguassú / Caramurú

Qual a tua graça, linda Catarina?

Quando ao fogo foge,

E ao amor se inclina...

Dança no teu corpo,

A flecha do vento.

E lampeja no clarão,

Do firmamento...

Voa assanhada,

Toda a passarada.

Rápida a gazela,

(Não é mais do que ela...)

Foge dos cabelos,

A flor de açucena.

Forram o chão, com montes de pena...

Aflita se esconde

Atrás do pau da tinta,

Avermelhando a cara!

Guerreira mais rara

O amarelo tinge

O corpo moreno,

Na cor do urucu...

A índia se esquiva,

A índia cativa do Caramuru...

E de igual espanto,

O fidalgo de encanto!

Beleza tamanha

Jamais conhecia!

Da índia cativo,

Em terras distantes,

Em mares errantes,

Daquela Bahia!

Maria do Carmo Celestino
Enviado por Maria do Carmo Celestino em 18/12/2009
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