Devora-me

Não me chame pelo nome de batismo

Não sou humana e nem sou apenas um monstro

Eu nunca me revelei diante de alguém assim

Mas nunca vi alguém como você

Não me olhe assim

Pois o mundo está desabando sob nós agora

Você tem o poder de me encantar

Você devora meu coração bem devagar

Olhe para nós

Olhe nosso reflexo no espelho

Você pode ver existe um casal de lobos

Eles estão se devorando mutuamente

Parece saboroso o sangue quente

Ele escorre lentamente

E sabemos que aquilo é real

Não é apenas um reflexo do surreal

Não precisamos mais ser um casal de lobos mascarados

Em pele de doces ovelhas

Como poderíamos nos separar agora

Que não conseguimos nem nos soltar dessas correntes de prata?

Nossos olhos revelam o prazer que tínhamos perdido

Que ressurge agora em quanto nos devoramos

Nessa cama sagrada, antes tão fria e sem vida

Você lambe meus lábios

E diz suavemente:

Garota, você parece uma Loba

Tenho vontade de devorar você

Seu sabor deve ser doce e quente...

Apenas respondo: Não me chame pelo nome de batismo

Chama-me apenas de Loba e devora-me nesse isntante irreal...

Bêlit
Enviado por Bêlit em 22/12/2009
Código do texto: T1991627
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.