Devora-me
Não me chame pelo nome de batismo
Não sou humana e nem sou apenas um monstro
Eu nunca me revelei diante de alguém assim
Mas nunca vi alguém como você
Não me olhe assim
Pois o mundo está desabando sob nós agora
Você tem o poder de me encantar
Você devora meu coração bem devagar
Olhe para nós
Olhe nosso reflexo no espelho
Você pode ver existe um casal de lobos
Eles estão se devorando mutuamente
Parece saboroso o sangue quente
Ele escorre lentamente
E sabemos que aquilo é real
Não é apenas um reflexo do surreal
Não precisamos mais ser um casal de lobos mascarados
Em pele de doces ovelhas
Como poderíamos nos separar agora
Que não conseguimos nem nos soltar dessas correntes de prata?
Nossos olhos revelam o prazer que tínhamos perdido
Que ressurge agora em quanto nos devoramos
Nessa cama sagrada, antes tão fria e sem vida
Você lambe meus lábios
E diz suavemente:
Garota, você parece uma Loba
Tenho vontade de devorar você
Seu sabor deve ser doce e quente...
Apenas respondo: Não me chame pelo nome de batismo
Chama-me apenas de Loba e devora-me nesse isntante irreal...