Sobre a morte, após a morte
Morri quando te conheci. Você me matou. Meu sorriso se fez outro, assim como meu olhar, que só tinha olhos para os seus.
Morri quando te conheci, e ao tentar escrever prosa escrevi poesia, versos alexandrinos metrificados, com rimas ricas de palavras iguais.
Morri quando te conheci, e ao tentar pensar em mim pensei em você.
Nasci quando te conheci.
As letras desconexas se formaram em versos
E a morte que até então vivia foi morta pela vida
Pela sua vida não sabida,
Pelo encanto da mulher de Vinícius.
E o sorriso que trazia na face adquiriu algum sentido
Pelos seus lábios tão formosos,
Que precisavam de qualquer maneira se encaixar aos meus
E se tocar aos meus, se fundir aos meus
Nasci quando te conheci,
Depois morri
Porque você foi embora,
Depois nasci
Porque você voltou.
Depois morri, e nasci, e morri infinitas vezes.
E nos casamos.
E então vivi.
De maneira bela e simples, como o soar do nome da pessoa amada.
Vivi.