Senhora, minha
Venha,
Coloque-me em seus braços,
Coloque-me em seus olhos,
Em sua boca,
Em seu sexo.
Venha, minha senhora,
(ou seria melhor senhora minha?)
Faça do meu corpo o seu templo,
Seu divã, seu quarto, sua cama,
Seu suor, seus espasmos de gozo.
Faça de mim seu confessionário.
Faça de mim seus acertos,
Mas também os seus erros.
Faça de mim suas vitórias,
Mas também suas derrotas.
Faça de mim seus olhos brilhando de alegria,
Segundos após estarem vermelhos de lágrimas.
E depois de tudo que foi feito,
Diga: Sou sua mulher.
E eu responderei: Sim, eu sei!
Como todas as outras,
Imperfeita em suas perfeições,
Mas de alguma forma mágica e quase inconcebível,
Perfeita em suas imperfeições.