O Homem Que Colhia Flores!
Eflúvios das flores que desabrocham
Somente em noites de prateado lunar,
Em dança libidinosa rodopiam no ar
Colorindo todo ambiente onde exalam...
Eram essências das camélias e roseiras
Amalgamadas em deliciosas fragrâncias
Das hortelãs e das flores das laranjeiras
Em mescla divina com outras substâncias.
Penetram e aprofundam em si mesmo
Num revoar de névoas novas e líquidos
Enriquecido pelos goivos e pelos lírios
Que balançavam as suas folhas a esmo.
Num espetáculo colorido de absintos;
Numa tarde crepuscular que já morre.
O tempo, meu amigo, não passa. Corre.
Como os eflúvios das rosas e jacintos.