O Dia da Vingança

No dia tal

Do tal dia

Quando amanhecia

E o Sol a na escuridão

A brilhar

Jurei a mim mesmo

Que de você

Me vingaria

E fiquei a pensar

quais as armas

que utilizaria

Então fiquei ali

Sentada em pé

Em uma pedra

esculpida de pau

Estava caminhando

até então

tudo normal

E então

decidi os meus amigos

consultar

Quais os conselhos

Que eles

poderiam me dar?

E sei que tudo

Seria em vão

Pois o meu coração

Havia sido flechado

Por uma grande

maldição

E então percebi

Que um mudo

Falava consigo mesmo

aos amigos

Que preferia morrer

do que perder

a sua vida.

E eis que um surdo

O seu radinho a ouvir

Olhou para mim

E começou a sorrir.

Eis que então

Eu já quase tonta

E com muita aflição

Não agüentei mais

E comecei a correr

Bem devagarzinho

Para a minha casa.

Cheguei a casa.

Ufa!

Abri a porta

E entrei pela janela.

Tirei a minha roupa

E a deitei na cama

E fui me banhar

Na pia

E depois fui para a cozinha

Na lavanderia

Tirei da máquina a comida

E a esquentei na secadora

E me sentei em pé

Na mesa da sala.

E então...

eis que surge

você...

e as minhas pernas

ficam a tremer

e nem sei mais

o que eu iria fazer

bem...

qual é o título

deste poema mesmo?

Eu lembro que começava

com V...

Mas V lembra o quê?

V de viagem

V de vacância

V de vantagem

V de ....

Para rimar com

vacância...

Ahhhhhhhhhhh

Lembrei...

V de vingança...

Eis que apareceu.

De quem me vingaria.

Um dia.

Você...

Que me fez gostar

De ti.

E num piscar de olhos

Teve que partir.

Mas o que fazerrrrrrr?

Socorrooooooooo

Somebody...

Somebody help me?

Então eis que me lembro

De um velho sábio.

Bem novo.

Tinha uns 20 anos.

E deixei você em minha casa.

E saí para consultá-lo.

Apressadamente.

Em câmera lenta.

Cheguei lá.

Ele me atendeu.

E disse:

Quer se vingar?

Para quê?

Lembre-se...

Da Lei da Ação

E Reação.

O que você fazer...

Vai voltar em dobro.

Para você.

E então decidi.

Para a minha casa voltar.

Já sabendo o que fazer.

E ao abrir a porta

E adentrar pela janela.

Decidi te abraçar

E te perdoar.

E nunca mais

De você me vingar.

Roseli Princhatti
Enviado por Roseli Princhatti em 08/01/2010
Reeditado em 22/08/2014
Código do texto: T2017379
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