ESCOMBROS

Os mais atentos,

aqueles que observam,

que dão ouvidos,

que procuram conhecer e

reconhecer os detalhes,

sabem dos meandros do impulso.

Da força incontrolável

que ateia fogo ao pavio.

A bomba explode.

Pior, ou igual,

as lavas do vulcão,

as tsunames de água ou lama.

Não sei.

Só sei que seus estilhaços

matam ou ferem.

Deixam cicatrizes.

Mas resta o caminhar

sobre as cinzas.

No ontem,

estão as marcas

identificando os passos.

Á frente,

uma imensidão de labirintos.

Como se diz:

"Sempre haverá a escolha."

"Cada um sabe de si."

"Deus conhece á todos".

Você se conhece?

Uns, escolherão sentar e observar o estrago.

Outros, indiferentes, sacodirão a poeira como se nada houvera.

Aqueles que sabem, e assumem, o quê querem

aguçarão os sentidos

para desviar,

evitar,

preservar,

cuidar,

e manter

o sólo fértil que lhes resta.

09/01/10

Etelvina de Oliveira
Enviado por Etelvina de Oliveira em 09/01/2010
Código do texto: T2019725
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