EDNA
Aquele tempo infinito
Já terminou
Mas continua em minha mente
Edna ficou para sempre
Outras estradas caminhei
Cheio de dúvidas
Algumas vezes cansado
Bêbado, perdido, isolado
Comparações foram inevitáveis
Mas a magia daquele tempo
Nunca mais voltou
Todavia esforço não faltou
Há símbolos daquele tempo
A sessão de cinema e o chope
O carro antigo e a praia
O seu sorriso enorme, uma graça
Edna habita em meus passos
Num caminho que às vezes
Faz-me tropeçar em seu nome
Grudou em mim, não some
Este olhar perdido para o infinito
Esta bebida forte que nada resolve
Este lugar estranho onde ando
Apenas percebo os verões passando
Por fim só saudades
Certeza de que nada voltou
Aquele tempo infinito
Já terminou
2009