EDNA

Aquele tempo infinito

Já terminou

Mas continua em minha mente

Edna ficou para sempre

Outras estradas caminhei

Cheio de dúvidas

Algumas vezes cansado

Bêbado, perdido, isolado

Comparações foram inevitáveis

Mas a magia daquele tempo

Nunca mais voltou

Todavia esforço não faltou

Há símbolos daquele tempo

A sessão de cinema e o chope

O carro antigo e a praia

O seu sorriso enorme, uma graça

Edna habita em meus passos

Num caminho que às vezes

Faz-me tropeçar em seu nome

Grudou em mim, não some

Este olhar perdido para o infinito

Esta bebida forte que nada resolve

Este lugar estranho onde ando

Apenas percebo os verões passando

Por fim só saudades

Certeza de que nada voltou

Aquele tempo infinito

Já terminou

2009

Marcelo Inácio
Enviado por Marcelo Inácio em 09/01/2010
Reeditado em 30/11/2010
Código do texto: T2020176
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