HOJE NÃO
HOJE NÃO
Hoje não quero pensar em nada
Hoje estou presa na curva da estrada,
Nela me deito e descanso
Esperando que nasça outra alvorada.
Hoje meu peito sangra de tristeza
De uma dor que a alma não apascenta,
Dize-me, ó amado onde se encontra agora?
Que da minha vida, sinto que já foi embora.
Memória imperecível de um beijo nunca dado,
De um amor que do tempo foi escravo,
De um coração sangrando de saudade.
Hoje teço palavras soltas ao vento
Que voam ao sabor da minha dor primeira,
Morrendo ao ouvir no silêncio a voz de um lamento.
MÁRCIA ROCHA
14/01/2010