Fujo, finjo não amar...

Finjo que nada escuto, nada sinto,

E este queimar em meu peito, de onde vem?

É deste medo que brotam incertezas

Entregar-me a dor? Onde mais me doerá desta vez?

É no porque de estar sozinho onde não quero,

É na insegurança de amar que me prendo

É no esconder-me neste ser que enojo

É no querer esconder-me da dor, de mim, de quem sou...

Mentiras de mim são minhas verdades...

Mentiras que passam, escondem, enlouquecem-me...

Mentiras que acredito?

Mentiras, palavras que me convencem de ser homem...

E por que não acreditar em minhas verdades?

E por que não querer não sentir dor?

E por que continuar fugindo de mim, de quem sou?...

... E por que não me mostra novamente o amor?