e,
no topo da colina
emudecida
contemplo o horizonte...
e em silêncio escuto o estonteante eco de uma voz que canta, ao longe, uma canção de amor
e os meus olhos já não veem a tua face
desejo incontido, contido!
tamanha solidão!!
braveja, rompe o silêncio e chora
o peito que anseia
o pensamento alça voo, infinitos voos...
e inerte vagueia a sonhar...
no insólito afã, teu corpo ao meu
sereno e sedento de amor...
quanto desejo e sonho
quanta saudade...
e meus olhos ainda não veem a tua face
e a esperança se renova
e o horizonte me acolhe
e a colina me abriga
e o pensamento vagueia
e o amor me refaz vida!