Amanhã

Hoje, quero beber o orvalho da tu'aurora

e de cuidados inquietos despir tu'alma.

Hoje, quero me acalentar no caos tumultuoso dos teus lábios

E nas carícias do teu choro namorado desfalecer sobre teus seios.

Hoje, nos travessos amores que rebuscam devaneios

quero ouvir teu murmúrio aos segredos dos poetas.

Hoje, quero te ver fugir num sobressalto qual gazela esguia,

arisca, me olhar com grandes olhos que passeiam nas florestas.

Hoje, teu pescoço e colo quero cingir numa alquimia,

como colares de rubis preciosos a realçar teu carmim;

Hoje, te deixarei assim, nessa pintura viva,

pra quando amanhã eu acordar deste

meu sonho, teu sorriso ser pra mim.

Chaplin
Enviado por Chaplin em 29/07/2006
Código do texto: T204903