A essência da alma...

A ESSÊNCIA DA ALMA

Sombras longínquas d’ outrora habitam minha alma,

Em forma de festa assombram-me os sentimentos que nem mais sinto,

Confunde-me a mente que já não raciocina pensando em d’ antes,

Largando-me desarmado a margem do rio da morte,

Pedras gigantes tomam me ao norte de onde não posso fugir,

Pois ao sul os leões jogam me ao paredão da desilusão,

Em frente a uma onda inconstante teimando em me afogar,

E por traz sombras de um passado que fazem me destruir,

Então toma me por dentro vendaval da revolução,

E incentiva me a ir diante desbravando os mares,

Donde as forças maiores estão e lá poderei triunfar,

Como numa batalha um jogo que se quer pode ter fim,

Faze me um fugitivo do que antes me orgulhei,

Guardando me apenas uma pequena fresta onde eu possa passar,

Bloqueando o ardiloso caminho que me prende em poços movediços,

Tentando me ceifar o que inda resta da força d’ alma,

Logos de sangue formam se ao redor dos meus pés,

Donde não imagino que venham mas ali já estão,

Quase afogo me nos sonhos que me trazem todo revéz,

Entupindo o caminho do mar do amor,

Saio caminhando a tropeçar em seus restos mortais,

Sepultados pelo mesmo que é meu temor,

Ali sozinho como dantes não imaginará,

Perdido entre terras tão frias que irão congelar te,

E de ti não sobrará se quer a essência que irá se perder meio ao nada,

Onde nem mesmo nossas almas poderão se encontrar,

E disso me escondo, por isso eu fujo,

Não serei sepultado ao nada onde se quer possa minha alma amar,

Não me perderei em mim conforme fizeste,

E não estarei ao abismo da solidão colocado como réu em juízo,

Posto que sou inocente e já lhe fiz por provar,

Amando te de forma a estar com você donde perdidos estamos,

Donde se quer os raios de sol nos acharão,

Donde foram sepultados os nossos sonhos, sentimentos e vida,

Donde eternamente estaremos propensos a se que nos encontrar mos,

Propensos a nunca mais voltar condenados ao banimento eterno,

Eis nos amantes da morte amável,

Julgados pelo medo e orgulhos infindáveis,

Sepultados por nosso furor,

Esquecidos por quem mais nos quis encontrar... TTX

thiago tadeu
Enviado por thiago tadeu em 25/01/2010
Código do texto: T2049959
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