Enigma

Tal qual em um quadro lindo,

vejo o seu jeitinho enamorado.

Tecidas, como em um bordado,

nessas palavras, prazer infindo...

São coisas, ainda enigmáticas:

das pedras, nenhum caminho.

Longe dos sonhos, fantásticas,

dessas rosas, nenhum espinho...

Da noite, mais nenhum grito;

nada mais será uma vil tortura,

nem, ao menos, a lágrima pura...

Repousa, tranquila, no infinito,

renovando forças, seu esplendor.

Abre-se pela manhã, sem pudor...

Oswaldo Genofre

Oswaldo Genofre
Enviado por Oswaldo Genofre em 28/01/2010
Código do texto: T2055729
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