Solidão


Garras que me sustem, impacientes!

Impróprios sentimentos,

que me atacam!


Solidão, monstro incolor,

mas presente!

Solidão que avança,

Sobre os meus sentidos,

perdidos,lentamente!


Solidão, executor implacável,

D'uma sentença, que eu não sei,

D'um pecado, que eu não pequei,

Num julgamento sem lei!


Solidão, onda que me tomarás um dia,

imbatível, imensa,

e me afogarás neste mundo de dejectos,

neste Mar de gente cega!
Aguarela Matizada
Enviado por Aguarela Matizada em 01/08/2006
Reeditado em 03/06/2010
Código do texto: T206513
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