Minhas drogas

Abrindo a porta de meu quarto

vejo poesias e drogas,

remédios e tumores,

minhas palavras rosnam aqui.

Só drogas me condenam

e poesias me drogam.

sei que é confuso

mas droguei minhas presas e as recolhi.

deito o tubo negro em meu braço,

meu sangue escorre aos poucos,

escrevo em vermelho

desenhando rabiscos de um amor.

deixo correr uma reta

no papel que acendo, queimando aos poucos.

Me deixa contente,

não preciso disso.

frases rasgadas,

papel em chama, cães em minha mente,

desejo e luxúria,

amor e ódio, perdidos em minhas mente.

não avançarei em ti,

mesmo querendo teu sangue

não preciso disto.

meus descendentes não carregaram tua parte.

os entorpecentes de minha alma

não terão teu nome!

minhas letras me enlouquecem de você,

drogam minhas presas ...

preciso disto, preciso de ...

Sem Nomes
Enviado por Sem Nomes em 03/02/2010
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