A agudez do amor

Quero as gotas agudas

Das tuas palavras perfeitas;

O cheiro de bons momentos

Em rios caudais, turbulentos.

Os acordes da tua voz a me cantar poesia

A me ninar a insônia,

A me guardar de mim,

Da solidão que me espreita.

Não quero ser a rosa branca

Que te amanhece à janela

Tampouco o colibri afoito

A festejar quimeras.

Quero brindar à minha loucura,

Te ofertar abismos e enganos

E me fingir banal

Ao te dizer

Te amo.