Borboleta

Quanta beleza a natureza te deu
Quão graciosa a liberdade te fez
Voas por entre as perfumadas flores
Bailas no ar em alegres volteios.
Tens a amplidão dos campos infindos
Por companhia nos teus passeios
Mágicas cores refletem as asas
Iridescentes raios de luz
A pulular pelos belos jardins
E coletar seu néctar doce
Nem desconfias que polinizas
Pudicas flores que te ofertam
Pudendas partes qual um festim.
Tão delicada e frágil figura
Não sabe que um dia foi outro ser
Nem advinha seu triste passado
Feia lagarta não tinha que ver!
Se contorcia e destruia
Todas as folhas dos vegetais
A consumir em ânsia e agonia
Tudo que a flora podia prover.
Assim portanto são as pessoas
Pois aos seres iguais elas são.
Grotescas larvas se receberem
Uma luz de ajuda na escuridão
Em belos entes talvez se formem
E em borboletas se tornarão!



Edmar Claudio
Enviado por Edmar Claudio em 04/08/2006
Reeditado em 12/08/2006
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