Não demores muito... 

Palavras descabeladas povoam a lembrança
como se fossem algazarra de crianças
mas certa de que você as disse, que eu ouvi
insisto em esperar-te, não posso desistir...

É bem verdade que uma opção colocaste
de ficar para outra vida o nosso encontro
mas é preciso que saibas, a minha passagem
está marcada para muito longe, em outro ponto.

Não podes deixar pra depois, tem que ser aqui
escuta os violinos da minha alma
venha comigo, todo esse som repartir
ensinaremos um ao outro, a magia de ser feliz.

Mas não demores muito... pode não haver tempo
que o tempo é como a névoa das manhãs de inverno
ou como as brumas que tomam conta do meu mar
quando menos se espera, se percebe... não há mais.

Santos, 07.04.2006_9:45 hs