Ó bela soturna

Você parece deitar seu olhar,

Sobre o cadáver que te matou...

Aquele que você ainda não enterrou,

Por não ter forças para sepultar.

Bem queria eu te ajudar,

A exorcizar os teus rancores,

Junto com meus fúteis amores,

Para ambos, nossas vidas continuar.

Sei que ele levou consigo tua luz...

O que intimamente só me seduz,

A querer te iluminar.

Sei que não irei restaurar teu brilho,

Que meus filhos não serão teus filhos,

Que fui destinado a apenas te admirar.

Marcos Paulo Silva
Enviado por Marcos Paulo Silva em 20/02/2010
Código do texto: T2097454
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