Conjetura incoerente
A ditadura em exercício no meu peito,
Diz que a triste existência singular
É nociva, e além de me frustrar,
Nunca me tornará um homem feito.
O amor especulativo se mostra prodigioso,
Quando não entra no plano empírico,
Teoricamente, tudo é muito lírico...
Longe do banal anseio pernicioso.
Todavia não escapo desse axioma,
Somente se meu peito entrar em coma,
Estarei livre de tal infortúnio.
Ou talvez o coração goste de ser importunado,
E prefira ao amor morrer acorrentado,
Do que com a liberdade fazer convênio...