Conjetura incoerente

A ditadura em exercício no meu peito,

Diz que a triste existência singular

É nociva, e além de me frustrar,

Nunca me tornará um homem feito.

O amor especulativo se mostra prodigioso,

Quando não entra no plano empírico,

Teoricamente, tudo é muito lírico...

Longe do banal anseio pernicioso.

Todavia não escapo desse axioma,

Somente se meu peito entrar em coma,

Estarei livre de tal infortúnio.

Ou talvez o coração goste de ser importunado,

E prefira ao amor morrer acorrentado,

Do que com a liberdade fazer convênio...

Marcos Paulo Silva
Enviado por Marcos Paulo Silva em 21/02/2010
Reeditado em 21/02/2010
Código do texto: T2098727
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