Apologia ao ceticismo

A lâmina que translada o meu peito,

Forjada na frieza da tua voz,

Acorda-me um parasita atroz

Que me corrói quando me deito.

Todas as minhas mágoas conjugadas,

E o somatório das minhas decepções,

Canalizaram nas minhas emoções

Um temporal de esperanças esfaqueadas.

Um turbilhão de confusão me consome,

A racionalidade do meu crânio some,

E eu me exponho ao ridículo de amar!

A desilusão é o meu consolo,

Pois me afasta do pensamento tolo

De que também posso me apaixonar.

Marcos Paulo Silva
Enviado por Marcos Paulo Silva em 24/02/2010
Código do texto: T2105428
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.