Chuva suave de pétalas de rosas

Cai a chuva suave

São pétalas de rosas

O amor é rubro

As faces esgotadas

O sexo é animal

Entre as cobertas azuis

Divulgadores do frio

Aquecidos corpos nus

Duas pernas serão sorrisos

A ternura vale mais

Que a bosta de uma vaca?

Mas a vida é preenchida

Com as lembranças tortas.

O pote já cheio dos cigarros

A moça reconhecia o lugar...

Bebe a revelia, como revolta?

E agora? É agarrar ou largar?

Domar, polir, tremer...

E dançar a polca?

E o medo dos 57 andares.

Olha para cima e respira.

É pura a poluição de sentidos.

Na vertigem das árvores

De lindos cabelos compridos,

Os colos serão ninhos e desabrigos.

O sono nem vem, nem passa.

A saudade é mata do perigo.

Adentrada sentença do nada

Ganha a vida um novo sentido.

Diana Balis, desaba. Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2010.

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 24/02/2010
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