Poema ás escuras…

Rápido

Escrevo rápido

Sob a luz artificial

Anseio beijar te! Já! Efusivamente…

Conhecer os teus lábios vermelhos, eternamente…

Despir te nesta cor escura que enfeita o quarto…

A cama no meio, os lençóis estendidos… no chão… pousados sobre mim

A luz começa a fraquejar cada vez mais, gotas de suor formam se nas minhas costas, nas linhas do desejo que arde cada vez mais

Aquela musica, tantas recordações num pedaço de harmonia…

E tu estas presente, deitado sobre o soalho quente

Não existe melhor filosofia que a própria experiência e reconheço agora a verdade do momento

Sou eu, és tu aqui...quase as escuras, tecendo as horas,

Construindo um acto de paixão.

O meu vestido branco já seco da água do mar cheira a maresia, como quisesse preservar para sempre este final de dia.

Levanto a cabeça, continuas a sorrir e a cantar

Escondo me sobre o manto branco, quero esconder o desejo

Preciso de escrever as ultimas linhas, entregar o ultimo sopro á poesia

La fora o sol põe se sobre uma linha vermelha entre o céu e o mar

As portas estão abertas…neste enredo de pura heresia…

Fantasia, não mais a alegria deste bater desenfreado

Deste amar secreto mas sim presente em todas as lufadas de ar

Dia a dia, não quero mais esconder o que sempre senti

Encontro a tua mão á procura do meu corpo

Tocas me, nas mãos, no rosto

Encostas os teus lábios vermelhos ao meu ouvido

Fecho os olhos, já deixei a folha…sorrio

Como é bom sentir te

Isabel Nisa
Enviado por Isabel Nisa em 06/08/2006
Código do texto: T210668