Não Era Amor!

Faltou. Era mister muito mais.

Agora nem um som de Ronivon

Ou dos Meninos de Minas Gerais.

Era doentio, duro como um vidro,

Fosco como sol roxo que já morre

Fingido e metálico como um grito

De amor bandido. Amor Richthofen.

Era turvo como um rio de risos inúteis

Hilário como um filme antigo de Carlitos

De mistas sensações falsas, frias e fúteis

Era um veleiro de ilusões... De infinitos.

Era uma árvore caída, podre e fermentada,

Possuída por pequenas porosidades vegetais.

Um fogo frágil, mais uma caverna fechada.

Era um cavalo coxo, um nicho de canibais.

Aquilo não era amor. Era uma Quimera.

Aquilo era apenas uma tarde de chuva,

Um mar espumoso de ondas escuras.

Aquilo não era amor. Não era! Não era!...

Gil Ferrys
Enviado por Gil Ferrys em 25/02/2010
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