Gritando Para o Amor

 

Meus versos são para cantar o amor...

Gritar em seu louvor...

Lentamente despir-me, receber o calor

Do dia que com o sol aquece o meu corpo

Nu que deitara na terra fértil do amor.

E esses primeiros versos iluminaram

Minha vida que com um leve assopro voou

Pela magia ladeando os pequenos trechos do

Meu caminho, onde eu avistei um lindo sorriso

Daquele que um dia eu amei.

Meu céu ganhou as cores do arco-íris

Que nenhuma nuvem escura se atreveu a cobrir

Aquele lindo céu cor de anil.

Um dia, busquei no tempo o infinito

Que há muito já o perseguia nas horas de  solidão

Em que meu coração não mais sentia.

Com uma busca insensata deixei-me levar

Perambulando pelo espaço como uma alma penada.

Sem esperança de encontrar o que tanto procurava,

Desiludi-me nessa estrada, pois procurava algo

Que julgava não significar nada.

Perseguindo o desconhecido conheci o que não queria.

Fugi de mim mesma, mas minha alma cansada

Buscava a sorte nesta árdua caminhada.

De branco, só a alma, pois o meu sofrer

Estava em cada pedacinho do meu ser.

Os versos que compus na primavera, as flores se

Encarregaram de colorir, mas com o calor do sol,

Algumas pétalas secaram, e o meu amor começou a

Sentir a secura daquele tempo árido que nenhuma vida

Fazia sentido para um coração que precisava sorrir.

Restou apenas a saudade tocando a canção que fiz pra ti.

A dor me seguia... Por onde passasse pressentia

Que eu buscava a cura para aquele mal que me afligia

E não entendia que minha alma também sofria.

Ninguém poderá dizer que eu não procurei a cura,

A cura do amor que aliviasse um pouco a minha angústia.

Comecei a cantar a música do outono para você.

Falei das árvores, das folhas que caiam...

Falei do meu amor que o vento assoprou...

Deixando a distância e ficando essa triste dor!

Ninguém poderá dizer que não procurei a cura

Para a saudade, a cura para a solidão que sofre de paixão.

Ninguém poderá dizer; que eu não busquei o seu amor!