A BATALHA DO AMOR

Para entrar numa mágica gruta,

Foi necessário uma árdua luta

Com batalhas de intensas carícias

Numa cama giratória em ardentes primícias.

Após insanos golpes

Dados a galope

E um frenético vai e vem, o que se via na gruta,

Durante aquela ávida luta,

Era um murmurante jorrar

Que fazia extasiar

Os calóricos e inflamados guerreiros em voluptuoso combate.

Dele, vibrava o mastro e tremulava daquela linda flor, o estandarte.

Nesta batalha do amor,

Onde o fogo arde e queima sem dor,

O que vale é a flexibilidade

Para fazer brilhar a íntima felicidade.

Entrei nesta gruta apertadinha,

Quente, umedecida, toda depiladinha,

Para uma batalha transcendente.

Já imaginava que sairia, assim, todo zen, muito contente.

Na gruta do amor,

A batalha sensual prossegue, ao som d'um ritmado tambor,

TUM! TUM! TUM! Marcava a hora da voraz ofensiva

E do meticuloso recuo, tum, tum! Batalha explosiva!

Batalha onde um guerreiro valoroso

Se atraca com sua guerreira de ardil primoroso,

Que abre sua aconchegante gruta

E o engole numa recíproca labuta.

O diferente nesta batalha é a arma em punho,

Eu mesmo, dou idôneo testemunho,

Não se usa fuzil, metralhadora, míssil, bomba ou tanque.

A arma empunhada é o Ying / Yang que faz BIG! BANG!

A magia desta batalha é o que dela se derrama

Quando o sangue se inflama

Nas veias dos corpos nus, caídos, molhados,

Escorr-se saliva, suor, gozo e uivos dos guerreiros alucinados.

Esta batalha não se ganha com a força bruta,

Requer uma sábia entrega e permuta

Entre um guerreiro, mesmo que seja de estilo medieval,

Com uma guerreira, uma fada de delicadeza angelical.

Se o ser humano tornasse incomensuravelmente

Um ser de paz, um ser de sexualidade inteligente,

Não se envolveria em batalhas ignóbeis, sanguinolentas e de dor.

Apenas se atracaria na cósmica adrenalina da BATALHA DO AMOR.