A Viagem
Não sei que caminhos tenho andado
Que me fazem perecer devagar.
Não sei a dor que tenho causado
Naqueles que eu só quero amar.
Por mais que eu tivesse essa visão,
Já estou vivendo na solidão.
Todo esse tempo tem me cansado
Maneira tal, não pude acreditar.
Todo esse tempo sem nenhum cuidado
De ninguém que pudesse me amar
Tem me feito mergulhar nesse vão,
Me inundando co’a escuridão.
Sentia-me completamente atado
Nesse buraco, não podia voltar
Ao mundo que tinha me encantado,
Ao mundo de que voltei a sonhar.
Continuava na minha prisão
Com os grilhões atando minha mão.
Por mais que eu tivesse desejado,
Ninguém nunca veio para me buscar
E me tirar deste fundo buraco,
O qual aprendi a chamar de lar.
Penso estar perdendo meu coração.
Já não posso viver uma ilusão.
Agora um novo dia nasceu
Com sua luz brilhante e me deixou ver
Que uma nova pedra se moveu.
Esta é a hora para correr!
Passar e fugir por estas vielas,
Sem meu caminho perder dentro delas.
Pegue meu fraco coração, é teu.
Estou feliz e já posso morrer
Com esse doce beijo que me deu.
Sai do abismo, volto a viver
Para olhar tua face tão bela.
Controlastes minha íntima fera.
Tudo o que vi de outra forma cresceu.
Tudo pode mágico parecer
Iluminado pelo brilho seu
Que minh’alma nunca vai esquecer.
Meu coração sairá desta miséria
Guiado por tuas doces mãos, Daniela.