A Viagem

Não sei que caminhos tenho andado

Que me fazem perecer devagar.

Não sei a dor que tenho causado

Naqueles que eu só quero amar.

Por mais que eu tivesse essa visão,

Já estou vivendo na solidão.

Todo esse tempo tem me cansado

Maneira tal, não pude acreditar.

Todo esse tempo sem nenhum cuidado

De ninguém que pudesse me amar

Tem me feito mergulhar nesse vão,

Me inundando co’a escuridão.

Sentia-me completamente atado

Nesse buraco, não podia voltar

Ao mundo que tinha me encantado,

Ao mundo de que voltei a sonhar.

Continuava na minha prisão

Com os grilhões atando minha mão.

Por mais que eu tivesse desejado,

Ninguém nunca veio para me buscar

E me tirar deste fundo buraco,

O qual aprendi a chamar de lar.

Penso estar perdendo meu coração.

Já não posso viver uma ilusão.

Agora um novo dia nasceu

Com sua luz brilhante e me deixou ver

Que uma nova pedra se moveu.

Esta é a hora para correr!

Passar e fugir por estas vielas,

Sem meu caminho perder dentro delas.

Pegue meu fraco coração, é teu.

Estou feliz e já posso morrer

Com esse doce beijo que me deu.

Sai do abismo, volto a viver

Para olhar tua face tão bela.

Controlastes minha íntima fera.

Tudo o que vi de outra forma cresceu.

Tudo pode mágico parecer

Iluminado pelo brilho seu

Que minh’alma nunca vai esquecer.

Meu coração sairá desta miséria

Guiado por tuas doces mãos, Daniela.

Luiz Devitte
Enviado por Luiz Devitte em 09/03/2010
Código do texto: T2129656
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