Poema de amor

Apenas uma luz me alumia

E a tristeza de uma chama me aconhega!

Só, solitário, num mundo real e irreal

Vivo os caminhos de andantes judeus

Talvez certos, talvez errantes,

Num deambular de mundos estranos a um ser!

Frente a uma lareira mal acesa, sonho,

Escrevo poemas, quero acaminhar!

Ah! Como gostava de ouvir tus música cantar!

Aqui, na frigidez de uma terra de heróis,

Quero inventar meus sóis

Se para trás olhar e caminhar!.

Vejo meus amigos partir, como o vento

E num momento me reflito e sinto

Que é esse o meu andar!

Há saudade do abraço, do sofrer, do cansaço,

Num deleito de afagos e suor!

É mais que amizade, é amor!

Aqui, num cadeira fria olho as flores

Que lá fora me sorriem, deleitadas

E eu, sendo o tudo e os nadas,

Fico olhando a pensar!

Ao lado, a cama vazia me espera

Confidente, muda, e quente!

É minha companheira dos dias e noites

Onde sofro sentimentos e açoites

Na alma, no corpo e na mente!

Mas lugar onde é mais vivente

O gesto simples de amar!

Sou também alma que sente e canta

Tenho força no coração e na garganta

Quero libertar o meu sentimento!

Aqui, numa cadeira me sento!

Tenho por meu companheiro o luar!

O dia não nem a noite nem a hora

Mas sei que ainda agora

Tenho e eterna vontade de te amar!

José Domingos

Jose Domingos
Enviado por Jose Domingos em 11/03/2010
Código do texto: T2133324
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