*Refém das Lembranças*

O amor se desfez lento aos passos

Em pouco está reconstituído o corpo

emagrecido

Sem esperança ou vontade de nova história

Mas agora é a mente que se mantém

refém.

Criamos crianças em nossos risos

E nos copos de vinhos éramos adultos

Programando um futuro perfeito

Com filhos parecidos e assíduos passeios

Pelo mundo afora;

Em estradas virgens, culturas novas

Porém, os dias fizeram-se tristes

E as ladeiras bifurcaram outros destinos.

Não há mais doces nem mimos

Só saudade como herança

Nos tornamos refém de nós mesmos

Do nosso castelo

Nossa insanidade

E todas as lembranças.

Shauara David
Enviado por Shauara David em 16/03/2010
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