AQUILO QUE SE CHAMA AMOR

Sentimento assim desmedido

Ferida que não quer curar

Aquilo que se quer sem perder

Preciosos são seus valores

Incansáveis suas sensações

Na busca total por não ter.

Amores que vem, amores que vão

Difícil tentar não perdê-lo

Mesmo que se tenha zelo

Mas que quando acaba não tem jeito não

Inesquecíveis momentos vividos

Que mexem com os cinco sentidos

Na troca de carícias ofegantes

Do desejo que move os amantes

Por fazer o tempo parar.

E nesse exato momento

Com passagem pro firmamento

Paisagens nem são necessárias

E se ali existe um leito

Repousa teu corpo em meu peito

Faça teu rio desaguar no meu mar.

E que a mim Deus permita provar

Desse cálice de poder que embriaga os fracos

Mas que até pra se ser tolo,

Tem que ter tudo a ver

Pois se quem pensa ser tão esperto

Numa flechada em sentido direto

Das mãos do cupido se faz renascer.

E esse tal sentimento aflorado

Se entregue nas mãos do ser excitado

O faz deleitar-se de tanto prazer

E mata a tua sede ao beber do néctar

Que brota das fontes pelas quais se banham

Os tolos, os loucos, os poetas, este autor

Nos permita ao menos uma vez na vida viver...

“Aquilo que se chama amor”.

Malu Harrison
Enviado por Malu Harrison em 18/03/2010
Reeditado em 15/04/2013
Código do texto: T2144775
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