Não Há para Onde Fugir

Se me perguntam por onde andei

É porque não me sentiram sempre aqui

E nem conseguiram ler as páginas em branco que escrevi.

Por todos esses dias em que escrevi com tinta invisível

Foi porque estive numa batalha quase invencível

Entre dois micróbios: Eu e o que eu pensava que era...

Entre mim e eu, minha própria quimera.

Não me perguntem quem venceu. Só sei que estou aqui novamente.

Não me indaguem se voltei curado ou mais doente. Não importa.

Só posso dizer que decidi continuar, são ou demente...

Porque descobri que não há para onde fugir, nem para dentro da gente.

Mas aprendi, também, que sempre é bom retornar

E que o "futuro bom", o melhor, tem muitas estaçõe no passado.

Que não há viagem direta para lá e a gente sempre precisa voltar

Para apanhar as coisas mais simples que esquecemos por nunca termos precisado.

Voltei pelas Palavras

Pelos seus Olhos

Pelas suas interpretações

Pela sua generosidade

Quero dizer:

Voltei egoisticamente

Por mim...

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 19/03/2010
Reeditado em 22/06/2015
Código do texto: T2148319
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