Declaração à meia luz! (Carmem e Jorge Luiz)
Trotava sereno
e a terra mugia
por entre morros
desavisados...
desanuviou a vista
empoeirada,
selou sua coragem
e partiu!
sem trotes,
sem morros,
sem mugidos...
A noite, eterna criança,
com seus braços lhe chama,
como recusar?
Se a noite me abre os braços da felicidade
em serenante poesia,
como recusar-lhe o bálsamo ofertado?
Há vida pulsante, nas noites estreladas,
na lua que passa, sorrateira,
por trás dos cirros discretos a observar-nos
em folia constante da alma...
Há vida em você
e senti isso em meu corpo,
em minh'alma,
em minha existência...
e agora ficou- assim- no coração!
Amo você, mulher morena,
ninfas dos parques
e noites de meu completo amor!
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quando a madrugada deitar seu corpo
ali estarei... e te cobrirei com o tecido da paixão
que retesa-me a pele...
e te acalantarei com poesia sussurrada no ouvido
e cochichada no coração!
Cuide-se nestas esquinas dobradas...
O bom Gato Vadio sabe esgueirar-se pelas vielas da fuzarca,
sabe o caminho do aconchegante cesto do repouso!
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