escrevo-te...

escrevo-te como se procurasse

mergulhar demoradamente

os dedos

nos minutos de vidro

que infinitamente repetimos

naqueles lugares sem voz

procuro as palavras

que se erguem como árvores

nos lábios

dos animais sem sombra

para te dizer verão

ou a certeza das fontes

em silêncio

sobre corpos de água

Luís Abreu

http://luisabreu.resolucaoinfinita.com

Luís Abreu
Enviado por Luís Abreu em 13/08/2006
Código do texto: T215371