escrevo-te...
escrevo-te como se procurasse
mergulhar demoradamente
os dedos
nos minutos de vidro
que infinitamente repetimos
naqueles lugares sem voz
procuro as palavras
que se erguem como árvores
nos lábios
dos animais sem sombra
para te dizer verão
ou a certeza das fontes
em silêncio
sobre corpos de água
Luís Abreu
http://luisabreu.resolucaoinfinita.com