O Meu É Assim

Eu não consigo ver nem sentir o Amor em calmaria.

O Amor é Sol em constante explosão

É raio e trovão, é aeromoto... É destroço e reconstrução

O Amor é o “Big Bang”. É o que a gente não seria

Se não amássemos nunca neste mundo...

O Amor é, no fundo, o fundamento das geleiras derretendo

E da terra se abrindo para receber suas águas descendo

Para apagar o fogo humano da floresta

E com o Fio-aquatical, limpar os rios de tudo o que não presta...

O Amor é o que de mais insano existe na loucura

É o que ecologicamente precisamos preservar

Porque sem ele, “adeus Green Peace”!

Chamem a Cruz-Preta pra enterrar!

Eu não consigo ver nem sentir o Amor sem a Guerra

A que quebra a monotonia só para fazer a Paz.

E o Amor não é Amor no paraíso desta Terra

Se eu não abrir no outro a minha funda cova e apor o "Aqui jaz".

E se não me semear e cobrir-me com os seus defeitos

Nunca poderei dizer que senti Amor legítimo, dos imperfeitos

Porque o Amor que sinto traz o pior do que é torto

E, por isto, nega a morna perfeição do Amor que é natimorto.

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 24/03/2010
Reeditado em 24/03/2010
Código do texto: T2156377
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