De amores e verbos
grávida a solidão
lavra meus ossos
na noite insubstituível
dos teus olhos
no exercício de nós
graves mistérios
bóiam nos corpos
e se despencam do amor
com a solução drástica
e lúdica do teu riso
já não flor
habitas a madrugada
levemente eternizada
na complexidade profunda
do meu abraço mudo
e a vida
continua guardada
na imensidão restrita
do teu beijo gasto