TRAÇOS DE UM AMOR

© O TEU AMOR

Garcia Chaves 08/05/05

O teu amor dedicado

inspirou em mim,

poemas e contos

encantos e perfumes

Bem sei que és terra fértil

onde deposito sementes

que germinam

nas nossas estações.

Que gostar é esse menina,

que me encanta, me fascina

me faz voar com as nuvens

sem tirar meus pés do chão?

Que delírio bendito é este

que me transporta

aos confins da poesia

sem tirar meus pés do chão?

É um delírio gostoso

Um bem querer saboroso

que me faz saber que estarás

sempre perto do meu coração

© SUAVIDADE

Garcia Chaves 08/05/05

A noite está tão linda!

Vejo através da vidraça,

o silêncio que reina lá fora,

Uma noite calma, fresca,

repleta de encantamentos.

o céu salpicado estrelas,

nuvens desenhando teu retrato.

É lindo, muito lindo!

Vivendo esse alumbramento,

me lembrando de ti

doce e carinhosamente.

como um manto de magia.

Aconchego-me ás cortinas

como se estivesse em teus braços

sentindo o frescor gostoso

que esta noite me oferece.

Sonho, te vendo chegar

sentindo a brisa espalhando

teu perfume ao meu redor.

Deixo escapar meu sorriso

ao me surpreender nesse ato

que é marca da saudade

que agita meu coração.

© ESTA EMOÇÃO

Garcia Chaves 08/05/05

Ah, esta emoção que

me preenche

como um encontro

esperado!

Uma seta fina que

me transpassa

e me leva muito além

do meu real

pra te buscar num

espaço

singelamente cortinado

muito além de um

arco-íris,

do verdejar das

montanhas,

do verde-azul

dos oceanos,

dos cristalinos murmúrios

das cachoeiras.

Ah! Gostosa e desejada

emoção

que sem dúvida nenhuma

faz tanto bem ao meu coração.

© VOCÊ E EU

Garcia Chaves - 08/05/05

O sonho, a poesia, a ilusão, a paz.

são as alegorias do nosso encontro.

Somos luzes e vidas transitórias.

Aguais benditos, premonitórios.

Somos, um só, neste concerto.

nos amando e correspondendo

às afeições que nos foram legadas.

Temos o bradar da liberdade.

Soltamos nossos corações ao vento.

Sem o perigo de nos enganarmos.

Você eu somos como as flores

esbanjando perfumes em noites de luar.

e nas luzes destas noites encontramos

razões para eternamente, nos amarmos!!

© VOCÊ, MINHA PAZ!

Garcia Chaves - 08/05/05

Você é como chuva suave

batendo na minha vidraça

trazendo frescores de primavera

daquele bosque bendito

de raros perfumes silvestres

dos tempos de menino.

Só me traz paz.

Sim, meu amor, é só paz!

Uma paz tão esperada...

...tão sonhada!

É verdadeira, plena...

absoluta...

verdadeiramente absoluta,

Absoluta...

...meu amor!

Como nunca!

© TEUS OLHOS

Garcia Chaves - 08/05/05

Os castanhos dos meus olhos

mostram tanta tristeza

tanta melancolia.

Mesmo assim não te esqueço!

Sim, esta minha tristeza

não te afasta dos meus ais,

apesar de tudo é tranqüila

ainda me transmite paz

Paz... É o que preciso!

Acho que a tua lembrança

aviva os meus olhos castanhos

que vê, nos teus, um riacho transparente...

murmurando cânticos de ternura

Mas no tardar desta noite

meus olhos procuram os teus

buscando a doçura diáfana

que deles um dia vi refletir

Mergulho então nessa ilusão

sem medo ou hesitação

buscando neles encantos.

para me abrandar a tristeza.

No lago do teu olhar

reflete os castanhos dos meus.

e nele me abluo contrito

ciente do bem que me faz

E neste enlace divino

Do teu e do meu olhar

encontro o sinal benfazejo

que faz alegrar meu olhar

Ah! Meu amor, meu amor.

Bebo das águas dos teus olhos

numa taça de cristal

que me deixou o teu olhar

Saciando a minha sede

e a paz que neles encontrei.

© NÃO SEI TE ESQUECER

Garcia Chaves - 08/05/05

Não sei te esquecer, menina!

Confesso que tentei. Verdade!

Mas como, se és minha fada ?.

De que jeito, se és minha bruxa?

Como te esquecer, minha menina?

Não olhe desse jeito pra mim

nem faças caso do meu espanto

só porque és o meu amor!

Como vou te esquecer, meu encanto.?

como vou viver sem teu perfume?

És meu carinho, minha vida!

Me diz: Como te esquecer, meu amor?

© ANDEI, ANDEI, ANDEI

Garcia Chaves - 08/05/05

Andei por estradas bordadas de flores campestres,

e caminhos rendados de pétalas que me levavam

às margens de rios que me entoavam madrigais

Andei por altas montanhas e derramei lágrimas

transformadas por seres alados em flocos de nuvens

que se diluíram nos lagos que me faziam sorrir.

Andei banhado pelas chuvas das estações

exibindo sorrisos com a alma serena embora

invadida por incontáveis tempestades de solidão.

Andei por canteiros de verbenas, lírios, girassóis e alecrins

suspirando e exalando seus perfumes me ferindo em espinhos

doridos de amores juvenis, inocentes e inconseqüentes.

Andei por veredas poéticas, garimpando versos

nas telas das auroras achando que encontraria

o meu amor em qualquer nó da rosa dos ventos

Andei em andrajos, perdido, buscando gentes,

fama e glória e inclinado pelo peso da dor, da ira

e do desprezo daqueles que me dei de amor.

Andei e morri em meio a tantos diferentes de mim.

Renasci de cinzas espalhadas ao sopro dos ventos

sorvendo em alguidares águas depositadas pelas chuvas

Andei em busca da vida e ela, fingida, fugia de mim

se escondendo em labirintos sem perfume e sem cor

querendo, talvez, que eu morresse por falta de amor

Andei, andei e andei até que o Tempo me trouxe você.

na visão sagrada dos anjos, das fadas e dos sacramentos

e me rendi enaltecido com os desígnios do amor.

Andei até que do meu trem vislumbrei a ultima estação,

E lá estava voce paramentada com as cores daqueles jardins

com os frescor daquelas montanhas, os perfumes daquelas flores.

Andei, andei, andei. Suspirei outra vez no vale encantado

de outros tempos ao saber que desde sempre e para sempre

repousarei na sua memória e nos seus braços, meu amor.

© E POR QUE NÃO?

Garcia Chaves 08/05/05

Talvez eu devesse tê-la encontrado

em outros tempos, quando ainda éramos

livres dessas cadeias que nos sufocam.

Tempos em que nossos corações

não conheciam dores ou mágoas.

com nossos sonhos submersos

nas águas férteis da esperanças

ou envoltos em brumas ilusórias

de anunciados e esperados amanhãs.

Poderíamos ter descoberto o amor

em toda sua profundidade e extensão

na nascedouro de nossa juventude.

Hoje temos marcas inapagáveis,

angustias, medos, indecisões.

Um encontro sem forças,

desprovidos de certezas

com afirmações claudicantes.

Mesmo assim, anseios nas manhãs

por tua bendita e esperada chegada

pois temos sempre algo para nos doarmos,

angústias para nos consolarmos,

ou alegrias para repartirmos.

Existe sempre uma frase curta

com sentido para dividirmos,

como se fosse o pão nosso de cada dia

num formato especial de oração,

uma confissão de fé: Eu te amo!

© DISPERSÃO

Garcia Chaves 08/05/05

Nesses tristes momentos

por que passa o meu coração

contemplo com dor as fendas

abertas por intrigas e desavenças,

a discórdia imperando,

o desamor reinando,

coisas que vão me matando

sem que eu descubra a razão

e os motivos que as trouxeram

e se instalaram em minha vida.

O corpo minado prestes a explodir

lágrimas que lentas percorrem

esta face sofredora de

dores incontidas,

perdas ressentidas.

Nesse instante eu deveria

estar com os pensamentos

voltados somente ao chamamento

do minha paz e do meu amor

coisas que tanto cultivei

em vez de lamentos de dor

e clamor de destemperos

E nessa hora tão triste

deveria haver uma corrente

para restituir novamente

a força maior desta alma

pra devolver intacta

toda a força do meu amor.

© RELEMBRANÇA

Garcia Chaves 08/05/05

Nas nevoas da imaginação

vi um barqueiro cantando

uma canção de elegia

deslizando como um pássaro

nas águas distantes do meu rio

Em seu barco enfeitado

de grinaldas e guirlandas

vinhas linda, assentada

num trono de meia lua

adornado de azuis e doirados,

rendas pintadas de luar.

Enrodilhastes nos meus braços

murmuraste versos entorpecidos

Enquanto admirado te ouvia.

via nossas almas se entrelaçando

simbolizando a alvura do nosso amor

Senti a doçura dos teus beijos,

tua ternura teus carinhos...

Me perdi no lirismo dos teus cabelos

batendo mais forte no peito...

o emocionado coração.

Viajei feliz no tempo,

me deparei com lírios do campo,

gerânios, dálias... jasmins...

perfumes, marcas de outras eras

de noites e dias de plenitudes

num terno cálice de amor

Nunca foste um mar revolto,

muito menos desdenhoso furacão

E na aurora que resplandeceu

vi no remanso do céu azul

surgindo flores dos pensamentos...

E nos teus olhos

o brilho celestial do dia

em que surgistes sem pecados

sem passado, sem regressos

dias que tu me amastes

dias que eu te amei

e nessas névoas de lembranças

te vejo da mesma forma

do mesmo jeito, menina

como se fosse, meu amor

a nossa primeira vez.

© GRATIDÃO

Garcia Chaves 08/05/05

Escuta, menina, escuta! Silêncio!

Sinta o deslizar do vento nas campinas

anunciando a doce música da natureza.

É a bendição da vida, o sopro divino.

Veja através das frestas o burburinho

das borboletas multicores enfeitando o ar.

Observa! Vê os pássaros em revoadas?

Não parece um leque de plumas se agitando,

emoldurando e refrescando o firmamento?

Acredita, meu amor, acredita.

É minh’alma agradecida, por ser tão

correspondida, amada, querida,

por su’alma bendita, sagrada

que na confusão dos tempos

me recebe esplendidamente calma.

© ABRAÇA-ME!

Garcia Chaves 08/05/05

Abra os teus braços

e me envolve com a

seda de tua alma

teus afagos e dengos

É no teu coração,

como um pássaro ao léu,

que encontro um ninho

ouço acalantos

para repousar

e depois me entregar

em novas jornadas,

descobrir mais caminhos

untados com seu mel.

e lagares que destilam o

doce vinho dos teus tonéis.

Abraça-me!

É no teu corpo

que encontro o calor

perdido do meu espírito

a melodia que gosto de ouvir

O refúgio, a segurança

para alçar meus vôos

em cada novo amanhecer

Não me deixe só, meu amor

Abraça-me, meu amor.

Abraça-me!!!

Garcia Chaves
Enviado por Garcia Chaves em 15/08/2006
Código do texto: T216945