Flor do amor

Insinuante flor que vai desabrochando

Nas loucas tardes plácidas de primavera

Como um rio que passa calmamente espera,

Andando sobre as nuvens de plumas sonhando...

Nas pétalas contém exótica fragrância

E em celestes manhãs vai se transfigurando

Teu fulgor é dócil aragem tocando

Minha alma calmamente em doce ressonância

Aspergindo-se pelos prados flamejantes,

Ofertando-se a grama num formoso rocio

Das manhãs mais amenas a luz do sol gentio

Desenhando no céu olhares suplicantes...

Oh meu Deus! Eram dias invejáveis

Que os pássaros cantavam fervorosamente

Olhávamos a aurora de paixão fulgente

Surgia mil sentimentos em nós indomáveis

De repente viramos mar de plenitude

Das eternas manhãs no doce véu de agosto

Num sonho colorido jardim me tem posto

Sou beija-flor que busca em ti flor juventude,

Paixão ingênua prazer sutil quase devasso,

Sim, somos madrugada de loucos gemidos

Teu pólen e minha seiva derretidos

Em brumas de paixão pelo vazio espaço...

Joselito de Souza Bertoglio
Enviado por Joselito de Souza Bertoglio em 02/04/2010
Código do texto: T2173026
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